sexta-feira, 26 de agosto de 2022

CEC Joaquim Nasario Ribeiro promove roda de conversa sobre a história da comunidade

 “Colégio busca recuperar e registrar a história local por meio de produção de material pedagógico, umas das ferramentas para isso, é a realização das rodas de conversa”

 

Por: Leia dos Santos do Prado, e Lucas Bett de Amorim
Estudantes do 9º ano
Orientação: Prof Rudison Luiz Ladislau

 

Na manhã de hoje, estudante do  9º ano, grêmio estudantil, professores e funcionários


do Colégio Estadual do Campo Joaquim Nasario Ribeiro, receberam a visita de Jorge Berger Nogueira,  morador da comunidade de Campo do Bugre, para falar sobre a história da mesma.

Senhor Jorge, com 71 anos de idade, “nascido e criado aqui” como diz, sempre teve uma vida bastante ligada a comunidade, e por isso foi convidado para compartilhar com os estudantes sua experiência.

Durante 1 hora de conversa, senhor Jorge respondeu inúmeras questões dos estudantes e contou inúmeros outros acontecimentos para os presentes.

Deu detalhes de como foi se desenvolvendo a comunidade, segundo ele, no início havia muita mata, tinha poucas casas, essas eram iluminadas por “liquinho a querosene”, até mesmo os bailes que iam eram iluminados por meio dos lampiões. A energia elétrica somente chegou aqui por volta do início da década de 1980.

Durante muito tempo, Rio Bonito foi apenas uma vila, o comercio dependia de quase tudo de Laranjeiras, onde iam de carrocinha, a cavalo, e até mesmo a pé.

Sr Jorge relata que sua mãe, Aline Berger Nogueira , juntamente com a Dona Stanislava Definski, foram as primeiras professoras a atuar na região, no Rio do Leão, trabalhavam em escolas multiseriadas, e tinham que além de dar aula, preparar o lanche das crianças e limpar a escola. Sua mãe trabalhava dando aula de manhã e na roça no período da tarde.

Comentou que o professor Joaquim Nasario era compadre de seu pai, morava aqui na comunidade, mais ou menos onde hoje reside o “Lelo”, próximo do viveiro Winski.

A população da comunidade aumentou muito a partir da chegada empresa Queiroz Galvão para construir a BR 158, em 1976. Também a vinda dos gaúchos para a região ajudou a desenvolver o local, aqui até então se plantava arroz, feijão, milho, trigo e com os gaúchos veio também a soja. “os gaúchos, atraídos pelas terras baratas, vieram mais equipados e sabiam trabalhar” contou sr Jorge.

O nome da comunidade, acredita que se deu em virtude da presença indígena no local. Conta que em um momento a comunidade sugeriu a mudança de nome da comunidade, tendo em vista que outras tinham feito isso, citou por exemplo que: Vera Cruz era chamada de Rio Facão, e onde hoje é o Alto São João, era o local chamado de Bugre Morto. Naquela ocasião foi enviado ao poder público local 4 (quatro) sugestões de nomes, mas não foi aprovado pela administração local na época.

Ainda falou sobre a Tatiane Bergeier, sobre a emancipação do município, as lideranças locais, sobre a mudança do clima local a partir da instalação da usina hidrelétrica, e muito mais.

Ao final, os estudantes Paola e Luiz fizeram os agradecimentos pela disponibilidade do sr Jorge.




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