“Colégio busca recuperar e registrar a história local por meio de produção de material pedagógico, umas das ferramentas para isso, é a realização das rodas de conversa”
Por: Leia dos
Santos do Prado, e Lucas Bett de AmorimEstudantes do 9º
anoOrientação: Prof
Rudison Luiz Ladislau
Na manhã de hoje, estudante do 9º ano, grêmio estudantil, professores e funcionários
do Colégio Estadual do Campo Joaquim Nasario Ribeiro, receberam a visita de Jorge Berger Nogueira, morador da comunidade de Campo do Bugre, para falar sobre a história da mesma.
Senhor
Jorge, com 71 anos de idade, “nascido e
criado aqui” como diz, sempre teve uma vida bastante ligada a comunidade, e
por isso foi convidado para compartilhar com os estudantes sua experiência.
Durante
1 hora de conversa, senhor Jorge respondeu inúmeras questões dos estudantes e
contou inúmeros outros acontecimentos para os presentes.
Deu
detalhes de como foi se desenvolvendo a comunidade, segundo ele, no início
havia muita mata, tinha poucas casas, essas eram iluminadas por “liquinho a querosene”, até mesmo os
bailes que iam eram iluminados por meio dos lampiões. A energia elétrica
somente chegou aqui por volta do início da década de 1980.
Durante muito
tempo, Rio Bonito foi apenas uma vila, o comercio dependia de quase tudo de
Laranjeiras, onde iam de carrocinha, a cavalo, e até mesmo a pé.
Sr
Jorge relata que sua mãe, Aline Berger Nogueira , juntamente com a Dona
Stanislava Definski, foram as primeiras professoras a atuar na região, no Rio
do Leão, trabalhavam em escolas multiseriadas, e tinham que além de dar aula,
preparar o lanche das crianças e limpar a escola. Sua mãe trabalhava dando aula
de manhã e na roça no período da tarde.
Comentou
que o professor Joaquim Nasario era compadre de seu pai, morava aqui na
comunidade, mais ou menos onde hoje reside o “Lelo”, próximo do viveiro Winski.
A
população da comunidade aumentou muito a partir da chegada empresa Queiroz Galvão
para construir a BR 158, em 1976. Também a vinda dos gaúchos para a região
ajudou a desenvolver o local, aqui até então se plantava arroz, feijão, milho,
trigo e com os gaúchos veio também a soja. “os
gaúchos, atraídos pelas terras baratas, vieram mais equipados e sabiam
trabalhar” contou sr Jorge.
O
nome da comunidade, acredita que se deu em virtude da presença indígena no
local. Conta que em um momento a comunidade sugeriu a mudança de nome da
comunidade, tendo em vista que outras tinham feito isso, citou por exemplo que:
Vera Cruz era chamada de Rio Facão, e onde hoje é o Alto São João, era o local
chamado de Bugre Morto. Naquela ocasião foi enviado ao poder público local 4
(quatro) sugestões de nomes, mas não foi aprovado pela administração local na
época.
Ainda
falou sobre a Tatiane Bergeier, sobre a emancipação do município, as lideranças
locais, sobre a mudança do clima local a partir da instalação da usina
hidrelétrica, e muito mais.
Ao
final, os estudantes Paola e Luiz fizeram os agradecimentos pela
disponibilidade do sr Jorge.
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